Este fim de semana foi dedicado a Sintra. No sábado rumámos às Azenhas do Mar para nos banharmos e no regresso passámos junto à Praia das Maças, à praia Grande e acabámos no Cabo da Roca a comer um belo gelado. No domingo, aderimos a uma das tradições tugas mais antigas e com mais adeptos: o passeio dos tristes.
Já tínhamos falado em ir ao
Palácio da Pena, mesmo antes de ter sido eleito uma das 7 Maravilhas de Portugal (o troféu está em exposição na Sala dos Veados). A última vez que lá fui, foi há uns 8/9 anos e a Nanda ainda não tinha ido. Como o tempo no Domingo não nos parecia bom para irmos a banhos, enchemo-nos de coragem e embarcamos na aventura que é o passeio a Sintra ao Domingo.
As indicações para o Palácio da Pena (e muitos outros monumentos e afins) são mais do que suficientes, desde que se consiga chegar ao centro histórico da vila. Lá subimos rumo às alturas, sempre rodeadas de espanhueles (raios os partam que não sabem ficar na terra deles). Havia malta mais aventureira que nós, que iam subindo a pé a estrada de acesso ao palácio. Essa malta só pode ter parafusos a menos, as subidas são enooorrrmmeeesss e íngremes.
Chegadas à entrada do Parque da Pena, ainda tivemos que subir mais até chegar ao Palácio (para os mais preguiçosos há autocarros que vos levam da entrada até ao Palácio). Apesar do fresquinho que se fazia sentir, porque o tempo ali nas alturas tava a ficar mau (as tormentas presseguem-nos, como sempre), quando chegámos ao cimo, não tínhamos frio nenhum.
A primeira parte da visita ao Palácio (Claustros e Capela) foi demorada, porque é a parte mais antiga do monumento. Como os frades jerónimos eram pessoas modestas faziam as construções pequenas, e apesar do claustro ter sido adaptado para os quartos dos reis, a visita torna-se longa quando há muita gente porque só dá para espreitar os diversos quartos da porta. Descobrimos que não era nada mau ser Ajudante de Campo do Rei, Dama de companhia ou Veador da Rainha, os mocinhos e mocinhas tavam muito bem instalados, mesmo ao lado das respectivas chefias. O engraçado é que o quarto do Rei era no R/C enquanto que o da Rainha era no primeiro andar, mas os ajudantes tavam mesmo ao lado… Dá para fazer uns filmes engraçados enquanto se espera para espreitar as divisões.
Depois de fazermos os 3 percursos dentro do palácio, demos uma volta pelo
Parque da Pena. Não pudemos ir a muitos sítios porque o tempo tava mesmo a ficar mauzinho e com a neblina que aterrou ali, não valia a pena ir aos miradouros. E também estávamos a ficar sem tempo para ver o parque. Aconselho a ir cedinho para poder usufruir do parque que é lindíssimo, pelo menos o bocado que vimos.
Gostei mais de ver o Palácio por fora do que por dentro, mas gostei muito dos claustros. Aquela mistura de estilos enchem-me o olho e fazem-me lembrar as maluqueiras do Gaudi. E fiquei com pena de não ter passeado mais pelo parque, fica para a próxima, quando formos ao Castelo dos Mouros ou aos outros
parques de Sintra.
Não posso deixar de mencionar a parva da italiana que achou o bilhete de 9€ caro (nós preferimos o de 11€ que dá acesso a todos os percurso e ao parque). Deve achar que o Palácio e o Parque funcionam em modo de auto-manutenção e que não é preciso fazer nada para os conservar. Tive quase para lhe perguntar se também achava cara a entrada no Museu do Vaticano. Não me lembro exactamente quanto paguei, quando fui lá em 1993, mas lembro-me que não era barateza nenhuma (actualmente larga-se 23,50€).
Podem ler mais sobre o Palácio
aqui, no site da
Câmara de Sintra (foi onde encontrei mais informações) e no
Wikipedia.