sábado, 30 de junho de 2007

A ilha pikena

Ciutadella
Desta vez a ideia da viagem não foi do primo, foi minha. Vi uma reportagem sobre Menorca na Rotas&Destinos e fiquei cheia de vontade de conhecer a ilha.
Quem conhece Palma de Maiorca ou Ibiza deve achar que Menorca é do mesmo género. Enganam-se, não tem nada a ver. É tipo Malta, mas muito mais verde. Não é por acaso que a Unesco classificou grande parte da ilha como
reserva da biosfera.
Sossegada, calma, a mesma água quente e salgada (mas mais ensonsa que a de Malta) e com bastantes coisas para descobrir. 48 kms separam as duas maiores cidades de Menorca que ficam em pontas opostas da ilha. Ciutadella e Maó (ou Mahon em castelhano), ligadas por uma "autopista" com 1 faixa em cada sentido. É difícil perderem-se nesta ilha porque todas as estradas de Menorca ligam a esta.
Maó
Como nós queríamos ter pouco trabalho, escolhemos o hotel com menos mau aspecto junto à maior extensão de areia, em Son Bou (tem poucos hoteis junto às praias de areia). É daqueles hoteis que quando se sai porta, já se tem os pezinhos na areia. O hotel não era mau de todo, tirando o quarto ser pekeno para 3 adultos e ter rachas na parede, mas em compensação tinha uns paizinhos... (pausa para o bypass voltar a arrancar) e era temático (a Nanda chegou a ser atacada pelo Fred Flinstone no restaurante).
Apesar de termos apanhado mau tempo e tormentas devido a uma tempestade tropical que decidiu passar por lá na altura, ainda conseguimos ir à praia e ganhar um bronzezito. Foi com esta viagem que começou a perseguição que as tormentas e outras desgraças fazem a nós os 3. Além das tormentas em Menorca, que à noite proporcionavam um espectáculo lindo com relâmpagos por todo o lado, o tecto do novo terminal do aeroporto decidiu cair no dia a seguir a termos chegado.
Porto de Maó
Adorei Menorca, aconselho um passeio a penantes pela Ciutadella e por Maó e fazer de carro todas as estradas da ilha. Foi a partir destas cidades que fizemos os nossos passeios de barco, em Maó o passeio foi pelo porto natural (um dos maiores do mundo, basta dirigirem-se ao porto, vem logo as barraquinhas que vendem os bilhetes, mas façam o passeio nos barcos que tenham vidro no fundo para verem debaixo de água) e em Ciutadella pela costa sudoeste de Menorca onde vimos calas lindissimas e um panchito de cair para o lado.
Para mim, a grande atracção de Menorca são as calas, pequenas enseadas que se tornam em lindas praias, em muitas delas os carros não chegam até lá e acho que algumas nem têm acesso por terra.
Cala Son Saura

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Yakko's world

Vila assombrada



Para além de todas as atracções, Malta tem também uma vila assombrada, eu e o primo temos provas. Numa das nossas voltinhas pela ilha deparámo-nos com Marsaxlokk.
A vila tem a sua importância: tem o segundo maior porto natural de Malta, local onde se encontram bons restaurantes para comer peixinho e a origem do nome é gira, deriva de marsa que significa porto e Xlokk que é o nome do vento que passa por ali e que vem de África. E tem óptimo aspecto, acolhedor e simpático, mas não se deixem enganar.
A vila está possuída, só pode. Porquê?


Porque eu e o primo queríamos atravessar a vila para poupar caminho, entrámos 3 vezes em Marsaxlokk e, apesar de termos feito caminhos diferentes dentro da mesma, saíamos sempre pelo mesmo sítio, não conseguimos atravessá-la. Resolvemos ir dar a volta maior com medo de ficarmos presos dentro de Marsaxlokk para sempre. Foi de tal forma assustador que passados 11 anos ainda nos lembramos do nome da terra.

Curisosidade: o clube lá da terra sagrou-se campeão nacional de futebol pela primeira vez este ano (cá para mim tem dedo do Demo).

A ilha das surpresas

Casa em MdinaDecorria o ano de 1996 e o primo, num dos habituais devaneios sugere 1 viagem a Malta. As únicas coisas que sabia sobre Malta era que ficava no mediterrâneo, algures a sul de Itália e eram uma antiga colónia Britânica. Fomos de lua-de-mel, 10 dias para conhecer a terra que viu nascer a "minha avó maltesa".
Malta é um país de contrastes, ou melhor, de misturas. Devido à posição estratégica que têm no meio do Mediterrâneo, foram invadidos por toda a gente ao longo da
história, até terem pedido “asilo” à Grã-Bretanha. Foram invadidos por um monte de povos: Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes que converteram a ilha ao Islamismo e cuja influência ainda se vê nos edifícios e na língua, um conde Siciliano que reconverteu o pessoal ao cristianismo, os espanhiois também lá meteram o bedelho enviando cavaleiros que criaram a Ordem de Malta e governaram a ilha até Napoleão lá ter chegado e ser corrido pelos britânicos. Estes últimos foram corridos em 1979, apesar da ilha ser independente desde 1964.
É pikenina, não se percebe uma palavra de maltês, mas é um óptimo local para sopas e descanso.
Figuras tristes
As águas quentes e salgadas como caraças do mediterrâneo, aconselham a se fazer a figura triste exemplificada ao lado. A foto foi tirada na Lagoa Azul, mas fazíamos a mesma figura na piscina do hotel, sim, leram bem PISCINA. Como a água doce não abunda em grandes quantidades, eles enchem as piscinas com água do mar. Sofrem do mesmo problema que Menorca, praias de areia são poucas.
Lagoa Azul
Não chegámos a visitar as outras ilhas que fazem parte do arquipélago, Gozo e Comino são habitadas, mas fizemos um belo passeio de barco à Lagoa Azul (não é a do filme, por isso não esperem ver a Brooke Shields a correr pela praia de fraldas).
Na altura, em 1996, havia imensa oferta de excursões, tanto de barco como de autocarro, por isso sítios onde ir passear não faltam. Em Agosto há sempre festa em algum local da ilha, todos os dias víamos fogo de artifício da varanda do hotel. E rent-a-car também eram aos magodes. Também dava para fazer vida de lorde. Já ouvi dizer que Malta já não é tão barata como quando fomos, mas na altura era baratíssima.

Aviso à navegação: a ilha é mesmo pequena, não leiam o mapa como se o lessem aqui, as distancias são muito mais curtas e as cidades e vilas pequenas. Nós apercebemo-nos disso quando fomos a La Valleta. Pelo mapa dava a impressão que tínhamos que passar 3 vilas e que entre elas havia espaço. Após passarmos a primeira começo a ver placas a dizer “Valleta center”, como é que podia haver já placas a indicar o centro da capital se ainda nos faltava passar duas vilas. Pois é meus amigos, tínhamos passado as 3 vilas sem darmos por isso (não havia placas e as vilas são coladinhas). Se pretenderem alugar carro, preparem-se porque os senhores conduzem como os ingleses e fazer rotundas ao contrário é assustador (depois habituei-me, são tantas) e os nomes das terriolas são ilegíveis, contem fazer pelo menos duas voltas à rotunda para conseguirem ler as placas, compararem com o mapa e decidirem qual é a saída que pretendem.

A Carris de Malta

Podem ler uma reportagem sobre Malta da Rotas&Destinos e um dia destes contarei as restantes aventuras na ilha, foram bué ;)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Off-Topic

Não tem nada a ver com a linha editorial do blog, mas curto à brava estes testes... num resisto ;)
E este assenta que nem uma luva.




A complete lunatic, you're operating on 100% animal instincts.
You thrive on uncontrolled energy, and you're downright scary.
But you sure can beat a good drum.
"Kill! Kill!"

Pic-nic com patos

Matilha de patos

Estávamos nós na ilha Terceira e, devido à dificuldade que era arranjar algum sítio para comermos, decidimos fazer um pic-nic ao almoço. Antes de sairmos de Angra, passámos no Modelo para comprar pão, queijo e fiambre e lá fomos nós à descoberta da ilha.

À hora de almoço, lá encontrámos um parque para o pic-nic, junto à Lagoa das Patas ou da Falca. Enquanto eu e a Nanda íamos andando pelo parque à procura de uma mesa que nos agradasse, o primo ficou para trás a tirar fotos. Quando ele olha para nós, vê que estamos a ser perseguidas por uma “matilha” de patas (deviam ser patas, a ver pelo nome do local).

As sacanas são mais espertas do que eu pensava, assim que vêem os saquinhos do Modelo, desatam a sair de dentro de água e a correr desalmadamente na nossa direcção, tipo a largada de touros em Pamplona, mas com patos. Os bichos já sabem que estes sacos são mágicos, que lá de dentro sai comida. Além das patas, também se aproximaram uns passarinhos, à espera que fizéssemos muitas migalhas e nos fossemos embora para as atacarem.

O DonaldFizemos um amigo, que carinhosamente baptizámos de Pato Donald (Donald, se estás a ler isto e afinal és uma pata, pedimos desculpa). Ele ia-se aproximando muito discretamente, enquanto os outros vinham feitos maluquinhos, e mantinha a posição dele (houve outros que desistiram). Decidimos premiá-lo com uns restos de pão.
Euzinha cercada por patos


No final do nosso almoço foi a loucura, demos o resto do pão aos gajos. Temi ser atacada por uma “matilha” de patos esfomeados, os sacanas cercaram-me ;)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Circuito na Turquia

Hagia Sophia

(Umas das poucas viagens que fiz sem os meus parceiros blogueiros)

A Turquia é daqueles países que não é carne nem é peixe, mas não é por causa disto que não merece uma visita, pelo contrário. Um bocadinho fica na Europa, o resto na Ásia, são muçulmanos, mas não são árabes nem sabem ler árabe, só sabem o que as inscrições nas mesquitas significam. São mais parecidos com a malta da Europa de leste do que com os árabes, tanto de aspecto, como a falar e até a dançar (os senhores afirmam que aquela dança que nós achamos típica da Rússia, é deles).
Na década de 20, houve um senhor, um bocado tirano,
Mustafa Kemal Atatürk, que decidiu correr com a estrangeirada, que ocupava o então Império Otomano desde o final da primeira guerra mundial, e acabar também com o império e com o sultão para fundar a Turquia. Levou a cabo uma série de reformas, desassociou o estado da religião, reformou o ensino, adaptou as leis com base nas europeias, “criou” a língua turca, para substituir o árabe e conseguiu modernizar e ocidentalizar a Turquia. Apesar de ser tirano, o senhor não era nada parvo, nem nada de se deitar fora ;). Eu não imagino o que devia andar a passar pela cabeça dos “turcos” na altura das reformas. Pelo pouco que conheço do islamismo, as ideias do Atatürk eram muito à frente e as mudanças foram enormes. Tipo o nosso Marquês de Pombal, mas em versão mais bruta-montes.

Mas nem toda a Turquia acompanhou estas mudanças. O interior da Turquia ainda se mantém muito fiel às tradições islâmicas. Saindo das grandes cidades o pessoal fica mais fanático religiosamente, especialmente na região de Konya. Nas cidades grandes (Istambul e Ankara), não se vêm mulheres com véu, pelo contrário, vestem-se e trabalham como qualquer europeia (nós tínhamos uma guia), enquanto que no interior já se vêem véus e burkas.
Em
Istambul (antiga Constantinopla que foi a maior cidade do mundo) tive oportunidade de visitar um dos candidatos a 7 Maravilhas do Mundo, a Hagia Sophia, ou Santa Sofia, que significa Sagrada Sabedoria. A altura e tamanho da cúpula são realmente impressionantes. Aconselho também a visita ao Palácio de Topkapi (com uns 5 pátios, até se chegar ao local onde estava o sultão) e o passeio de barco pelo Bósforo.
Ankara por seu lado não tem nada de especial, tirando o Mausoléu do Atatürk que impressiona pelo tamanho e cujo museu conta a história da fundação da Turquia.



Cappadocia

O interior da Turquia tem paisagens lindíssimas, especialmente a Cappadocia (na província da Anatólia) cujas cidades subterrâneas são uma aventura cheia de emoções fortes para claustrofóbicos. Nesta zona também tinham o estranho hábito de construir as casas nas rochas, só não o fazem ainda hoje porque o governo proibiu e correu com a malta de lá por motivos de segurança (a erosão e os terramotos têm causado algumas derrocadas). Mas os vales rochosos são uma visão espectacular e para os amantes de passeios pedestres, os senhores organizam viagens de alguns dias pelos vales.
Depois de uma semana e milhares de quilometros feitos dentro dum autocarro (só num dia foram uns 600 e tal), tivemos outra semana de papo pró ar perto de
Ephesus, perto de Kusadasi onde atracam muitos dos cruzeiros mediterrâneos.

Casas escavadas na rocha
Cidade subterranea













Conselho desta vossa amiga, nem sequer pensem em dizer mal do Atatürk a um turco, arriscam-se a que o turco se transforme em cão raivoso. Quando os turcos se referem ao Atatürk, fazem-no sempre usando o nome completo (sempre serve para decorarmos o nome dele) ou como “o nosso pai”.

Poses - Parte 2

Visto que fui acusada de ter escrito um poste muito saudosista e sensível, volto à palhaçada.
Ainda em relação a poses em férias, temos também o hábito de fazer poses parvas (no sentido não-carinhoso). É quando o nosso lado de míudos que se recusam a crescer vem ao de cima. A reacção normal de quem vê as fotos das poses é a do costume: "Quanto mais crescem, menos juízo têm". É verdade, mas a gente gosta de não ter juízo. Também não nos importamos com as figuras, como diz a kumadre “nunca mais os vemos”.
Estas poses são diferentes das
Marie-Claires, as Marie-Claires requerem algum estilo e muita sensualidade, enquanto estas são só parvas. Alguns exemplos:

Ilha do Faial, Açores


Ilha Terceira, Açores









Estas fotos são dos Açores, na da esquerda, não ficou na foto, mas eu tava a fazer mmmuuuuuuu.......
Na da direita, a Nanda tava a imitar uma arara.
Ambas as poses parvas foram ideias do Pedro (como costume).

Menorca
No BusTuristic, Barcelona











Aqui temos duas tentativas (falhadas) de despachar a Nanda. À esquerda em Barcelona e à direita fizemos o sacrifício da virgem na Taula da Torralba, mas falhou alguma coisa...

Isla Magica - Sevilha

Muito bem... fui passear ao famoso parque temático "Isla Mágica" em Sevilha - Espanha. Fui acompanhado pelo TrupeCascd, para quem não sabe é um grupo de teatro muito famoso ao qual eu pertenço. Lá foi a malta toda montada numa carrinha rumo ao sul de Ispianhia. Sevilha capital das gajas vestidas às bolinhas e dos gajos com hemerróidas e cabelos oleosos, é uma cidade linda com um parque temático no seu centro, nomeadamente na Ilha da Cartuja onde se realizou a Expo 92.

A malta divertiu-se muito, começaram pelo desafio, em queda livre a mais de 60 mts de altura, emoções fortes que o grupo andou pelo menos uma meia duzia de vezes, lógico que eu, um cagado pelas alturas fiquei a tirar as magnificas fotos que poderão ver em baixo...lolol. depois passamos para um que simpaticamente apelidamos de Sombreiro, ao qual eu ia morrendo. Acho que o bypass parou umas 2 x e lá tive outro ataque de panico em pleno parque...lol ... mas cá estou para contar a história. Após as emoções fortes, rumamos ao comboio fantasma assustador.... muito mau! Berrámos que nos desunhamos o meu amigo João até ficou afónico tadinho. Entre outros divertimentos que podem disfrutar está a montanha russa El Jaguar, atracção principal do parque. O parque vale pelo seu todo, é divertido e aconselhável á família e a um bom grupo de amigos. É diversão pura e simples e preparem-se para chegar estafados a casa. Recomendo vivamente o cinema a 4 dimensões.
Para mais informações clique aqui




segunda-feira, 25 de junho de 2007

Passeio de Domingo a TOMAR

Janela Manuelina Este Domingo fui a Tomar, por motivos desportivos, e não deixei de aproveitar a minha deslocação, para umas visitas turístico/cultural.

De entre elas destaco a subida ao
Convento de Cristo, COISA LINDA! (é uma das 21 candidatas a 7 Maravilhas Tuga. )

Além da famosa Janela Manuelina, a célebre charola, foi uma das visões que mais me impressionou. Só neste monumento arquitectónico podemos verificar várias, e diferentes marcas de arte, tais como o Romantismo, o Manuelino, o Gótico, e por fim o Barroco.

Depois, fazer um passeio à beira rio Nabão é sempre agradável, e se forem acompanhados de uma guia turística, como a que me acompanhou, D.Domi, garanto-vos que é um dia extremamente bem preenchido, e cheio de emoções. Recomendo uma visita, e lembrem-se sempre “Vá para fora cá dentro!”

Um paraiso de nome Ilha do Farol



Para quem acha que o Brasil é o paraíso... engana-se! É porque nunca foi à Ilha do Farol. Uma praia magnífica, com águas claras e límpidas, explêndidos bares na costa e um sossego assustador. Um local óptimo para relaxar e esquecer os problemas da vida.
A famosa Ilha do Cabo de Santa Maria, a Ilha mais a Sul de Portugal, é sem dúvida, única. As suas águas límpidas levam à descoberta de um mundo de novas experiências da vida marinha.
O acesso à Ilha do Farol faz-se apenas por barco. Existem ligações desde Olhão e Faro durante todo o ano. Durante este transporte de aproximadamente 40min pode-se apreciar a beleza da Ria Formosa, bem como a fauna diversificada que habita esta área protegida da Ria Formosa.
Nesta Ilha existem alguns Cafés/Bar/Restaurante que levam ao convívio nocturno desta pequena, mas única, comunidade.
Até eu que não gosto de Praia adorei o Fim de Semana no Farol.


domingo, 24 de junho de 2007

A minha "7ª Maravilha" Tuga preferida

O Pedro defende as cores Algarvias, com a Fortaleza de Sagres. Eu defendo o monumento que, entre os candidatos, mais significado tem para mim, o Castelo de Óbidos. E porquê? Porque o meu pai é natural desta bela localidade, que dantes era à beira-mar plantada, fui lá umas 845.273 vezes, mais coisa menos coisa, de visita aos avós, que moravam junto à muralha do lado de fora da vila. Quando era miúda e chegava a Óbidos, não descansava enquanto não ia à Porta da Vila comprar tremoços e pevides à senhora que estava sempre lá. Às vezes ainda tinha direito a colares de pinhões, que o meu pai ainda me traz, cada vez que vai à feira de Santo Antão. Ou ir até à fazenda do avô apanhar ameixas, de preferência de moto (tipo famel) ou, melhor ainda, de mula.

Apesar do número de visitas, continuo a adorar cada regresso. Não me fascina tanto como a quem visita Óbidos pela primeira vez, ou não foi lá tantas vezes como eu, mas sinto-me em casa e continuo a adorar aquilo. Excepto nas alturas que “está à pinha”, excesso de gente estraga a vila. Adoro percorrer a Rua Direita desde a porta da vila até ao Castelo (onde é a
Pousada), voltar pela Rua Josefa d’Óbidos, dar a volta à muralha para desfrutar das vistas.A última foi algures o ano passado, ver a ópera Fígaro na Cerca do Castelo.

Não vos vou contar a história do castelo, para isso têm o Wikipedia ou o site das 7 Maravilhas Tugas. Só vos digo que vale a pena a visita, quem não conhece, tem aqui um aperitivo. Foi de onde as fotos deste poste foram descaradamente roubadas. Espero que o autor das fotos não se zangue comigo por colocar aqui o link do Flickr sem autorização, mas tem as fotos mais lindas que encontrei de Óbidos.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

As poses Marie-Claire

De que cabecinha pensadoira surgiram, não se sabe, mas são parte integrante das nossas viagens e passeios… a 3 e não só.
O primeiro registo fotográfico é de 10 de Dezembro de 2005, no terraço de
La Pedrera em Barcelona, talvez inspiradas pela maluqueira que são os edifícios de Antoni Gaudí.
A partir daí, reproduziram-se tipo coelhos, qualquer local é bom para uma pose Marie-Claire, não importa se ficam a olhar para nós com um ar estranhíssimo ou não, o importante é que são divertidas (apesar de haver quem ainda não tenha entrado bem no espírito da coisa). Desde que nos apeteça, o local é excelente para mais uma pose, seja em grupo ou individual. Experimentem e depois digam-nos se gostaram ou não.
Deixo-vos alguns exemplos:


A primeira de todas. Barcelona Dezembro 2005

A trupe quase toda.

No Castelo de Leiria, Maio 2006

Euzinha algures no Castelo de Leiria
Menorca, Setembro 2006
O Pedro e a Nanda, algures em Menorca
Mosteiros, Ilha de São Miguel, Maio 2007
O olhar matador...

Podem-se rir à vontade das nossas figuras, nós também nos rimos... bué ;-)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Passeio ao Parque das Nações

Este é da Beta!!! (Urs Bühler)


(este poste é dedicado à Beta que ficou muito triste por eu não ter feito um blog de gajos bons)


Ontem eu, a Nanda e mais duas amigas minhas fizemos um belo passeio ao parque. Rumámos ao Pav.Atlântico para passearmos por França, Suiça, Ispianha e States ao som de 4 vozes fantásticas e milhares de gaijas histéricas.
Para além do espectáculo que decorria no palco, o que decorria na plateia tb era engraçado e variado:
  • A atrevida que se chegou ao palco de surra e sacou 4 autógrafos. Foi a mais inteligente (claro que era morena), chegou-se ao palco quando as histéricas ainda tavam sossegadinhas e sentadas nas cadeiras. As que foram a seguir sofreram um bocadinho mais para conseguir os autógrafos;
  • Haviam as que tinham molas nas cadeiras porque sempre que os moçoilos acabavam de cantar uma música... levantavam-se num ápice, nem o Diabo tinha tempo de esfregar um olho;
  • As loiras que acenavam como se a vida delas dependesse disso (como se quem está no palco conseguisse ver quem está na plateia), ao mesmo tempo que (e este era o pormenor mais delicioso) mandavam beijos como ensinamos aos putos, na direcção do palco;
  • As sortudas do caraças... Nada como ser criança com ar inocente e subir ao palco para oferecer flores aos mocinhos e ainda receber umas beijocas em troca;
  • Os machos que se chegavam ao palco. Estes eram os mais intrigantes. Das duas... três: ou eram paus mandados das namoradas/os e iam tirar fotos mais de perto ou lá tinham os motivos deles para lá estarem. Cada um é como cada qual e ninguém tem nada a ver com isso;
  • Haviam vários machos a acompanhar as respectivas fémeas. Se era só para lhes fazer companhia ou para garatirem que elas se portavam bem, não sei.

Foi um bom espectáculo (pague 1 e leve 2 ;-) ), só o espanhol é que estraga aquilo, sou só eu ou mais alguém acha que o sacana destoa completamente e está ali a mais e a estragar a fotografia?
Este é da Nanda!!! (Sebastien Izambard)


Nanda tu desculpa, mas não queria ter nenhum daqueles meninos a cantar-me ao ouvido, com aqueles vozeirões, deixavam-me surda.






terça-feira, 19 de junho de 2007

La bella Itália

Eu e o primo na Fontana di Trevi (Fonte das Trevas em tuga)
Corria o ano de 1993, finalmente tinha acabado o 12º ano (levei 14 anos) e decidi premiar-me com uma viagem a Roma, gentilmente patrocinada pelos meus pais.
Tivemos vários episódios traumáticos, mas por enquanto só vou contar alguns, porque se me ponho a contar todos, é um poste que nunca mais acaba.
O taxista que nos levou do aeroporto para a Pousada da Juventude deixou-nos uma marca muito grande, ainda hoje nos lembramos dele. Uma semana depois ainda tinhamos roupa a cheirar ao perfume do senhor e/ou do táxi (não, não andámos enrolados com o taxista,eramos muito ingênuos).
Como se não bastasse ter o carro impestado, ainda nos agraciou (apesar de tudo foi um querido) com o primeiro choque. Pediu-nos 64.000 Liras pelo transporte. Se os tivesse, tinham caído ao chao... os do primo caíram. Claro que a malta não tava habituada a câmbios e o primeiro pensamento foi “já fomos roubados à grande”, mas depois lembrei-me que entre os 3 levávamos quase 1milhão de liras (cento e qq coisa contos). No meio desse milhão, 64.000 já não pareciam ser assim tanto. Depois lá nos habituámos à quantidade de liras que nos saíam dos bolsos a velocidades supersónicas.
O nosso primeiro contacto com Roma não foi simpático, parecia que estávamos numa cidade abandonada. Não se via ninguém na rua, nem carros, népia. Lá conseguimos encontrar um cafézinho aberto para comprar água... com gás (que eu não gosto e só bebo quando tou mal-disposta). Se forem a Itália e quiserem àgua sem gás, especifiquem. Se só pedirem àgua, os senhores oferecem o gás como brinde.
Aproveitámos e perguntamos o porquê do êxodo romano. Tinha havido um feriado religioso e os romanos foram passar uns dias fora.

Veneza ao nascer so Sol

Para primeira viagem, a coisa até não correu mal, apesar de não termos visto o Papa e o Coliseo estar fechado. Ainda conseguimos metermo-nos num coióio (comboio) e viajar uma noite inteira para desembarcarmos em Veneza a tempo de ver nascer o sol (por falar nisto, se forem a Veneza de comboio, saiam em Santa Lucia que foi o que o senhor das bilheteiras nos disse. Não se armem em inteligentes como nós e saiam em Veneza Mestra só porque o nome tem aspecto de ser central).

Fortaleza de Sagres

Sendo eu um moçito dos Algarves, cá venho eu puxar nos meus galões e porpagandear a candidatura da ponta mais linda deste Portugal, a maravilha nacional.
Fortaleza abaluartada, muito remodelada na segunda metade do século XVIII mas integrando um torreão quinhentista. À entrada, salienta-se o portal neoclássico da Porta da Praça. O perímetro fortificado com baterias e canhões, compreende toda a Ponta de Sagres e engloba os antigos armazéns de apetrechos e as ruínas do paiol, bem como as casamatas, a casa dos capitães e as habitações da chamada "correnteza", que fecha a praça-de-armas pelo lado sul. A invulgar beleza paisagística e a presença historicamente atestada do Infante Dom Henrique (que aqui faleceu em 1460), deram a Sagres uma posição ímpar na mitografia nacional e contribuíram para a fama internacional do lugar, cuja história é indissociável da história do Promontorium Sacrum, região referenciada desde a mais remota Antiguidade e que corresponde à Costa Vicentina, desde a Ponta da Piedade ao Cabo de São Vicente e deste à Arrifana. Neste verdadeiro Cabo do Mundo conhece-se uma das maiores concentrações de menires e recintos megalíticos da Europa. Aqui estava situada a Igreja do Corvo, onde foram depositadas as relíquias de São Vicente, num santuário de culto moçárabe que atraíu numerosos peregrinos até ao século XII, altura em que, por decisão de D. Afonso Henriques, as relíquias foram resgatadas para Lisboa.
Na Fortaleza de Sagres, para além da fruição do património natural e de um espectacular panorama sobre a enseada da Mareta e o Cabo de São Vicente, podem também visitar-se os vestígios da chamada Vila do Infante anteriores às muralhas setecentistas, designadamente a torre-cisterna, a chamada "rosa-dos-ventos", uma muralha corta-ventos (coroada de falsas ameias), os restos das antigas habitações e quartéis e a antiga paroquial de Nossa Senhora da Graça, que exibe um conjunto de lápides sepulcrais e onde, por razões de conservação, está actualmente instalado o retábulo barroco pertencente à capela de Santa Catarina do Forte do Belixe.
Por tudo isto, e pela beleza visual que nos prende a uma ilusão magnifica sobre o horizonte, uma sensação de bem estar e de paz que nos assola perante tamanha beleza que deveremos votar neste Património Nacional.

Ilha Terceira-Algar do Carvão



Se quer ter uma experiência inesquecível, e a adrenalina a “saltar” ( um pouco mais para quem é claustrofóbico, como eu) não deixe de fazer uma visita ao interior de um cone vulcânico. Este é resultante de uma erupção, onde o basalto em fusão, muito fluído, baixou de nível no interior da conduta da lava deixando um belo vazio, criando assim uma caverna. As paredes na vertical São revestidas de estalactites de silica.
Algar do Carvão situa-se sensivelmente no meio da Ilha Terceira, a norte da cidade de Angra do Heroísmo. O acesso é fácil e apresenta sinalização, mais que suficiente. Este é um local a visitar e de rara beleza.

STARBUCKS


Se gosta de café, quente ou frio, e se não gosta, vá na mesma........
E não é preciso ir muito longe, basta visitar o nosso país vizinho e aí já poderá encontrar a famosa cadeia de cafés
Starbucks. Experimente e verá que será “amor ao primeiro gole”. Existem muitas variedades de cafés e batidos, bem como uns espectaculares Muffins.
A boa notícia é que já existem movimentações de bastidores para finalmente se instalarem no mercado Português.
http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=280665

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Lista das minhas viagens

Segue a lista de viagens que fiz. Antes da primeira indicada na lista, muitas houve a Espanha, mas para mim essas não contam porque fui obrigada a ir (ainda não tinha a opção de ficar em casa sozinha ou com o mano enquanto os pais passeavam). O meu pai sempre teve (e ainda tem) uma paixão assolapada por Espianha, daí que as viagens a terras dos nuestros hermanos (infelizmente, família não se escolhe ;-) ) tenham sido várias, Andorra incluída (acho eu, não me lembro).

1993 – Itália – O grito de Ipiranga, 19 aninhos e pela primeira vez saía do pais sem os pais. Antes que venham com sabedoria popular, estive em Roma, fui três vezes ao Vaticano e não vi o Papa e o gondoleiro não cantou.

1996 – Malta – A primeira lua-de-mel (detalhes... um dia destes). Foram 10 dias que em que me surpreendi e muito pela positiva. Nada sabia de Malta, apenas que pertencia à Europa e que é uma ilha situada algures a sul da Itália.

1997 – Hamburgo, Alemanha – A primeira e até agora única viagem a trabalho. Uma semana em Julho com muita chuva e eu com apenas roupa de verão na bagagem. A sorte é que não sou friorenta.

1998 – Madeira e Porto Santo – Viagem com direito a guia turístico particular (um ex-colega de trabalho). Visitas ao hospital do Funchal, passeio de aspiradores com piscas em Porto Santo incluídos.

2001 – Barcelona – A primeira vez que fui a Espianha e gostei, mas dizem as más linguas que a Catalunha não é Espianha e cá para nós que ninguém nos ouve, não deve ser mesmo.

2003 – Andorra – A primeira aventura com skis nos pés. Muita dorzinha nas pernas, muitas, mas muitas nódoas negras.

2004 – Londres – telefonema à hora de almoço “Prima, quero ir festejar o meu aniversário a Londres e quero que a tua prenda para mim seja acompanhares-me”. Resposta da prima “Ok, vou ver os programas que há e depois digo-te.”. A melhor descoberta dos últimos tempos, o Starbucks, especificamente o Caffé Moka.

2004 – Egipto – O calor em Agosto é muito, mas suporta-se bem melhor que certos dias de verão em Lisboa. Conhecer outra cultura, aprender a dizer asneiras em árabe, ver monumentos que foram erguidos à milhares de anos.

2005 – Andorra – Segunda aventura de skis nos pés e o início da amizade com a minha Nanda.

2005 – Turquia – Uma mistura entre o Islão e a Europa de leste, muitos quilometros dentro de um autocarro e paisagens lindíssimas.

2005 – Barcelona – A segunda aventura catalã, com um grupo porreiro para viagens e a “matança” de saudades do Starbucks.

2006 – Menorca – A descoberta de um paraíso a duas horas de avião de Lisboa. É como Barcelona, não é Espianha, é Catalunha (grande vantagem).

2007 – Açores – 3 ilhas, muito verde, muitas vacas, mau tempo e caminhos de cabras que insistíamos em percorrer com as viaturas alugadas (tadinhas).

Resumo em imagem:

domingo, 17 de junho de 2007

Alte: Um lugar Mágico





A Fonte Grande é um postal ilustrado da aldeia cultural de Alte. Património ambiental, fonte de águas cristalinas cercadas por um arvoredo majestoso, local de merendas com mesas e bancos de pedra, é um destino de lazer que convida a belos passeios e piqueniques. Durante séculos, as águas correntes da ribeira, abastecidas pela Fonte Grande, alimentavam a aldeia, serviam para curtir o esparto, eram utilizadas pelas lavadeiras e regavam as hortas em seu redor. Hoje, após vários melhoramentos, a Fonte Grande é uma verdadeira piscina, aproveitada por muitos para se banharem nas suas águas límpidas que dão saúde ao corpo.


A Fonte Grande sempre foi musa inspiradora para poetas, um sítio com histórias e curiosidades, lugar de conversas e cantos em noites de luar.

Poste inaugural

Semos 3 e adoramos viajar, ou passear ou laurear a pevide. Estamos sempre prontos a partir, o problema é que o guito nem sempre nos deixa.
A intenção do blog é contarmos as aventuras das nossas viagens.

Deixo uma das minhas fotos favoritas, tirada na Ilha Terceira, junto à Lagoa do Negro. Foi a nossa última viagem, estivemos nos Açores o mês passado. Aconselho :-D