quinta-feira, 15 de outubro de 2009

El Teide, O monte assassino!

E porquê perguntam vocês? Tal como Marsaxlokk este monte tá possuído pelo demo, as tentativas de homicídio qualificado (não é um homicídio qualquer, tem estudos) às nossas vidas foram umas quantas.
Ainda antes de lá chegarmos, quando íamos a caminho, no nosso magnífico Panda, já a Nanda estava a pensar na tormenta que ia ser a subida. Mesmo de longe dá para perceber a altura e "ingremidade" da subida que nos esperava. Mas como nos disseram que ir a Tenerife e não ir ao Teide, é como ir a Roma e não ver o Papa, lá fomos nós (mesmo sendo nós prova viva de que este “provérbio” é falso).
Estacionámos o carro e aí foi a primeira tentativa do Teide para dar cabo de mim: 25 euros para subir e descer no
Teleférico. O mocinho do operador turístico tinha dito o preço da subida, mas no meio de tanta treta que nos tentou vender, pensei que fosse mais uma. A Nanda comprou os bilhetes (porque eu ainda estava em estado de choque), vestimos os casacos e lá fomos nós esperar pelo teleférico. Durante a espera a Nanda ia rogando pragas a tudo que mexia, inclusive a mim. A segunda tentativa séria de assassinato foi a subida, até eu, que não tenho claustrofobia nem vertigens, não gostei nada daquele abananço todo sempre que passávamos numa das torres.
Depois de não sei quantas torres lá chegamos ao destino, mais concretamente a La Rambleta, a uns modestos 3.550 metros acima do nível do mar. E o que nos esperava lá em cima? Um trilho. Eu chamo ao alegado trilho “caminho de cabras”, se bem que acho que até as cabras se recusavam a andar por ali. O alegado trilho, ao princípio até parece bom, tem gravilha, é plano, mas depois é só calhaus, muitos deles soltos que nos obrigam a por os pés de todas as maneiras e feitios, desafiando as leis anatómicas. Casmurras como somos, lá percorremos o trilho para "dar a volta" ao Teide e ver a costa norte da ilha e Puerto de la Cruz.
E é no regresso ao teleférico que o monte faz mais uma tentativa para dar cabo de mim. Já com os tornozelos massacrados e os pulmões a gritarem por oxigénio, lá nos fizemos ao caminho cheio de subidas. Tive que parar 2 vezes pelo caminho porque ia perdendo a força nas pernas e não me dava jeito na altura espalhar-me em cima dos calhaus (caso não saibam, a 3.555 metros de altitude há menos oxigénio).
Para se redimir das tentativas, o monte proporcionou-nos uma descida bem mais suave do que a subida. Quando se vai a descer, o teleférico não abana, mas dá a mesma sensação na barriga de quem passa no sobe-e-desce de Oeiras. O pior da descida foi os irritantes "uooo" que o resto do pessoal que ia no caixote connosco dava a cada passagem por uma torre.
Para nos tentarmos recompor da subida ao monte assassino, decidimos comer uns bocadilhos de Jámon no café. O monte, não satisfeito com as tentativas falhadas, ainda se atreveu a mais uma. Os bocadilho tinham (pelo menos) alguns 15 dias, mas como não nos deixamos abater facilmente, e somos casmurras que nem cornos, cá estamos, como comprovam o resto das fotos.
Não posso acabar o poste sem mencionar a cúmplice do monte, a minha querida homónima Susana que já lá tinha estado e aconselhou a subida.

2 comentários:

Pedro Morais disse...

dasssssssssssssssssssssss

Nanda disse...

Muito bom relato,...gostei!
Só Deus sabe aos santinhos todos que eu rezei até entrar no teleférico...chiça.