Enquanto o verdadeiro turista no nosso passeio por Lisboa, não se digna a escrever, venho-vos dar conhecimento duma descoberta fantástica. Provavelmente muita gente ainda não seu por ela, porque o pessoal é bué comodista e já não anda a pé pela nossa bela Lisboa, só de carrinho. Para mim, é das melhores invenções desde a roda* e só lhe falta um promenorzinho.
Andávamos nós três a passear pela baixa pombalina, mais concretamente a descer a Rua do Carmo, quando me chega às narinas o delicioso aroma de castanhas assadas. Não resisti e fui comprar 2 dúzias (uma para mim e outra para o primo descascar e dar à Nanda, porque ela só come castanhas assadas desta maneira) e é aqui que a modernidade começa. Já não há o belo do cone feito das míticas Páginas Amarelas, agora há pacotinhos a imitar as páginas amarelas. Quando a senhora tirou um dos pacotes, reparei que vinha outro agarrado, mas a senhora não se preocupou muito com isso e pensei eu na minha enooorrmmeee ignorância: "a senhora assim não ganha para os pacotes". Qual não é o meu espanto quando descubro que é mesmo assim, vêm dois pacotinhos coladinhos um ao outro (por causa do frio ;) ), um com as castanhas e o outro para (PASMEM-SE) pôr as cascas!!!!!
Já não é preciso andar à pesca de castanhas enterradas debaixo das cascas. O único promenor que falta para isto ser perfeito, é juntarem aos pacotinhos um toalhete para limparmos as mãos no fim do petisco (tipo os penso higiénicos da Evax que vêm com uma dermotoalhita anexada).
* expressão da autoria do Xôr Marques, nos tempos idos do Homem que Mordeu o Cão